segunda-feira, 6 de junho de 2011

Erupção vulcânica no Chile fecha aeroportos na Argentina.

As cinzas atravessaram a Cordilheira dos Andes e alcançaram o Oceano Atlântico.

                                                                                                             REUTERS/Carlos Gutierrez
            REUTERS/Carlos Gutierrez  / Relâmpagos aparecem ao redor da nuvem de cinzas expelidas por vulcão no Chile
                Relâmpagos aparecem ao redor da nuvem de cinzas expelidas por vulcão no Chile

A erupção do vulcão Cordón Caulle forçou nesta segunda-feira a retirada de moradores do Chile. Além disso, as cinzas atravessaram a Cordilheira dos Andes e alcançaram o Oceano Atlântico, provocando o fechamento de aeroportos na Argentina.

"A situação do vulcão segue como de uma erupção moderada, significando que vai haver uma coluna importante de fumaça e cinzas nas próximas horas", afirmou nesta segunda à Associated Press Enrique Valdivieso, diretor do Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomín).

O Cordón Caulle fica mil quilômetros ao sul de Santiago e 4 quilômetros ao norte do vulcão Puyehue, na região de Los Lagos. Sua última grande erupção ocorreu em 1960, pouco após um terremoto de magnitude 9,5, a mais alta registrada na história.

Vicente Núñez, diretor do Escritório Nacional de Emergência do Ministério do Interior (Onemi), disse que a prioridade hoje era "um novo chamado à população para que deixe suas casas". O maior perigo é ao norte do vulcão, na zona de Riñinahue, que poderia ser alcançada por avalanches de material vulcânico.

A violenta erupção começou no sábado, cobrindo de cinzas cidades argentinas como Bariloche e Neuquén, mas uma mudança no vento trouxe de volta as cinzas para o Chile no domingo. A Administração Nacional de Aviação Civil (Anac) da Argentina informou ontem que a nuvem de cinzas havia provocado o fechamento dos aeroportos de Bahía Blanca - ao sul da província de Buenos Aires - e San Carlos de Bariloche e Trelew, no sul do país.

Segundo a imprensa local, porém, também não operavam hoje os aeroportos de Neuquén, Viedma, San Martín de los Andes, Esquel, Comodoro Rivadavia e Puerto Madryn. Em Bariloche, escolas e escritórios da administração pública estavam fechados hoje.

As companhias Aerolíneas Argentinas e Austral informaram em comunicado que, por segurança, estavam suspendendo seus voos para vários destinos da Patagônia argentina, entre eles Bariloche, Chapelco, Esquel, Trelew, Neuquén e Viedma.

Do lado chileno, mais de 22 povoados foram esvaziados e mais de 3,5 mil pessoas estão em albergues ou em casas de familiares ou amigos. Muitas pessoas, porém, não quiseram deixar suas casas, temendo roubos.

Fonte: Agência Estado/Jornal Gazeta do Povo/Associated Press.

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