Especialistas dão dicas para quem quer fechar bons negócios na hora de escolher a casa, terreno ou apartamento e, principalmente, evitar preocupações no futuro.
Roberto Custódio / Jornal de Londrina
Se para fazer um almoço de domingo já é preciso planejar, pesquisar preços e até pensar na logística, imagine comprar ou construir um imóvel.
Especialistas indicam que avaliar bem não é só considerar o valor da casa ou apartamento pretendido, mas a infraestrutura, a localização e o entorno, isto é, se há farmácias, mercados ou colégios na região.
Todos esses fatores valorizam o imóvel e podem facilitar a venda no futuro, segundo o engenheiro civil Paulo Adeildo Lopes, perito no assunto, e com experiência de dez anos na avaliação de imóveis para a Caixa Econômica Federal.
E as dicas não param por aí. Terrenos com vista para cemitérios, por exemplo, podem desvalorizar em até 30% o imóvel. “Além disso, áreas com aclive ou declive acentuados encarecem a obra e podem gerar problemas de escoamento de água e esgoto”, acrescenta Lopes.
E importante: a calma é sempre uma aliada. “Quem quer comprar um imóvel não pode ter pressa. E se sentir-se pressionado, não deve comprar. Às vezes, há uma inversão de valores. Quem manda é o comprador, é ele quem tem o dinheiro”, diz o engenheiro. “A decisão deve ser totalmente racional.”
Para Lopes, é fundamental visitar o imóvel em horários não comerciais, à noite e de madrugada. “A pessoa vai morar ali 24 horas por dia, então tem que saber se tem boate, se tem barulho de pronto-socorro, iluminação”, frisa.
Fatores econômicos, como nível de emprego e salários, e que interferem na lei da oferta e da procura, também devem ser observados, e podem render economia na compra. “Se tiver mais dinheiro no mercado, há mais procura e o imóvel fica mais caro. As características dos imóveis vizinhos também influenciam no preço”, explica o engenheiro.
Gerente de vendas da Imobiliária Raul Fulgêncio, Junior Machado conta que os compradores buscam, num imóvel, valorização, rentabilidade para alugar e liquidez na hora da venda. “Hoje os apartamentos são verdadeiros clubes, oferecem lazer completo. E as pessoas buscam essa característica, que dá valorização”, afirma.
Como todo tipo de negócio, o ideal seria comprar um imóvel à vista, diz o engenheiro Paulo Adeildo Lopes. Mas, como para a maioria dos brasileiros, o salário é curto, os financiamentos bancários acabam sendo a melhor saída. “A vantagem é que você já começa a morar, não paga aluguel, e tem taxas de jutos bastante razoáveis, como do programa ‘Minha casa, Minha vida’”, opina.
Negócio imobiliário
A empresária Zenilda Nagata comprou o primeiro apartamento em 2001, para morar. Mas acabou pegando gosto pela atividade e hoje tem no setor imobiliário uma “carteira de investimento”, comprando e vendendo imóveis.
Ela, que vai se mudar novamente em dezembro, destaca que é necessário pesquisar a fundo o histórico da construtora escolhida, em relação aos prazos de entrega, resultado de acabamento e história no mercado. “Isso conta muito”, diz. “Muitas vezes você trabalha a finco, coloca a sua vida nisso.”
E mesmo quando a intenção é morar, Zenilda aponta que os critérios de valorização devem ser seguidos. “Você tem que pensar no futuro, no valor agregado, afinal, nada na vida é pra sempre.”
Fonte: Jornal de Londrina
Nenhum comentário:
Postar um comentário