sábado, 12 de março de 2011

Juventude paranista desafia a tarimba alviverde


Clássico de amanhã coloca frente a frente rivais com médias de idade opostas. Diferença entre atletas chega a 14 anos

Fotos: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo / O zagueiro e capitão Pereira (dir.), jogador mais experiente da equipe titular do Coritiba, com 31 anos. O meia-atacante Kelvin, 17 anos, é o mais jovem da prematura equipe paranista

Há 11 anos, em 2000, o xodó paranista Kelvin, então com sete anos, mal havia começado o primeiro ano do ensino fundamental na Escola Municipal Professor Leonel Mouro, na divisa entre os bairros Pinheirinho e Xaxim, em Curitiba. Ao mesmo tempo, o zagueiro Pe­­rei­­ra, hoje capitão do Coritiba, disputava seu segundo ano como profissional, defendendo a camisa do Santos. Tinha 19 anos.

Esses 14 anos de diferença entre o titular mais novo do Tricolor e o mais velho do Alviverde (17 e 31 anos, respectivamente) resumem como será o clássico de amanhã, às 18h30, no Couto Pe­­rei­­ra. Além do momento oposto na temporada, o duelo colocará frente a frente outra discrepância entre os clubes: a experiência coxa-branca contra a juventude paranista.
Marcelo Oliveira depende dos médicos para escalar o Coritiba
O volante Leandro Donizete e o za­­gueiro Pereira são as dú­­vidas do técnico Marcelo Oliveira para o clássico de amanhã, contra o Paraná, pela terceira rodada do returno do Estadual. Para saber se poderá escalar os dois titulares o comandante alviverde depende da liberação do departamento médico do clube, já que ambos estão lesionados. Pereira sentiu a coxa durante a partida contra o Para­­na­­vaí, na última quarta-feira, e, por precaução, foi substituído do in­­tervalo. Já Donizete não atua desde o confronto com o Operário, na aber­­tura do returno. “Se eles não jogarem, entra o Jéci na defesa e o Willian no meio. São situações naturais que vêm acontecendo nos outros jogos”, disse o treinador, negando esconder o jogo para dificultar o trabalho do rival. “Não tem mistério. É manter o mesmo nível de mobilização”, concluiu o treinador. (FR)
Ricardo Pinto apela para treino secreto no Paraná
Pela primeira vez desde que assumiu o Paraná, o técnico Ricardo Pinto fez um treino secreto. A im­­prensa pôde assistir apenas ao aquecimento dos jogadores on­­tem na Vila Capanema.
O treinador considera a estratégia normal. “Eu posso ser questionado, mas não vou passar o time. [O mistério] é uma coisa usada no futebol e não vou abrir mão”, disse.

Apesar de não adiantar a equipe, ele revelou que o lateral-es­­querdo Henrique, que ficou fora da última partida por causa de uma lesão muscular, tem condições de atuar. “Clinicamente ele está inteiro, já trabalhou fisicamente e esperamos usá-lo”, afirmou o treinador, que não descartou um time mais cauteloso. “Po­­demos usar. Vamos jogar na casa deles, precisamos fugir de uma posição ruim e vamos trabalhar de acordo com o que vivemos.” (AR)

O técnico Marcelo Oliveira comanda um time maduro, com média de idade de 27 anos, cuja base atua junta há pelo menos um ano, e que já garantiu, no primeiro turno, vaga em uma possível decisão do campeonato. Já Ricardo Pinto lidera uma equipe jovem, beirando os 21 anos em média, que se conheceu efetivamente há poucas rodadas e ainda luta para apagar o pior início de temporada da história do clube.

O lateral-esquerdo Eltinho, de 23 anos, mais novo dos que devem começar jogando amanhã pelo Coxa, estaria entre os mais experientes do rival. O volante An­­der­­son, ao lado do zagueiro Rodrigo De­­fendi, ambos com 24, são os “rodados” do time da Vila Ca­­pa­­nema. Contando todo o elenco (29 atletas), o meio-campista Maycon, de 26 anos, é o mais velho tricolor – muito distante do veterano coxa-branca Tcheco, de 34 anos, o mais experiente do clássico.

É exatamente em sua maturidade que o Coritiba aposta para ampliar a série de vitórias consecutivas, tomar a dianteira no returno do torneio regional e ficar mais perto da conquista do bicampeonato. “A gente sabe que em um clássico a experiência conta muito. Às vezes em uma jogada, em um toque de bola, os mais jovens querem decidir rápido. Espero que a gente leve vantagem nisso”, contou o meia Rafinha, que simboliza a média de idade do time.

Apesar do cenário teoricamente desfavorável, os paranistas apostam justamente no lado bom da juventude para chegar ao quinto triunfo consecutivo e concretizar a reação. “A vantagem é que temos um time jovem, mas que tem responsabilidade e vê na alegria, na vontade de jogar futebol, sua maior virtude. Indepen­­den­te­men­te de serem novos, eles têm objetivos. As vitórias estão vindo e tudo o que passaram [no primeiro turno] deu experiência”, garantiu Ricardo Pinto.

Fonte: Gazeta do Povo
Fotos: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo


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