sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Banco Central faz leilão de dólares para conter alta da moeda.

Ontem, sem atuações do BC, o dólar fechou acima de R$ 2,30, pela primeira vez em mais de quatro anos.
O Banco Central (BC) fez nesta sexta-feira (2) mais um leilão equivalente à venda de dólares no mercado futuro (swap cambial). Foram ofertados 40 mil contratos com duas datas de vencimento.
Para o vencimento em 1º de novembro de 2013, foram negociados 13,1 mil contratos, no valor total de US$ 653,5 milhões. Outros 22 mil contratos, no total de US$ 1,095 bilhão, têm vencimento em 2 de dezembro deste ano.
Ontem, sem atuações do BC, o dólar fechou acima de R$ 2,30, pela primeira vez em mais de quatro anos. A cotação não era ultrapassada desde 31 de março de 2009, quando a moeda norte-americana atingiu R$ 2,319. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 2,302, com alta de 0,85% em relação ao valor de quarta-feira.
Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta instabilidade por causa da perspectiva de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduzir os estímulos monetários para a economia norte-americana. Após reunião, no último dia 31, o Fed informou que a economia dos Estados Unidos ainda precisa de suporte, sinalizando que não haveria uma retirada imediata do apoio. No entanto, dados positivos sobre a indústria norte-americana voltaram a assustar os investidores quanto ao fim do auxílio hoje.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou o comportamento do câmbio. Na avaliação do ministro, a volatilidade continuará até que o Fed comece efetivamente a desativar os estímulos. “O câmbio tem sido volátil por causa do anúncio do Fed de que vai mudar a política. Quando há notícia boa nos Estados Unidos, o mercado deduz que o banco vai acelerar a retirada dos estímulos monetários. Isso já dura mais de um mês e nós agimos para reduzir essa volatilidade”, disse.
Dólar tem leve queda, mas se mantém a R$ 2,30; Bolsa abre em baixa
O dólar comercial abriu os negócios desta sexta-feira em alta, mas pouco antes das 10h inverteu a tendência e passou a cair. Por volta de 10h04m, a divisa americana estava sendo negociada a R$ 2,298 na compra e R$ 2,300 na venda, uma queda de 0,08%. Na máxima do dia, o dólar foi negociado a R$ 2,308, a maior cotação desde 31 de março de 2009. Na mínima do dia, o dólar bateu em R$ 2,287. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, iniciou a sessão em queda e às 10h14m se desvalorizava 0,48% aos 48.902 pontos.
O mercado analisa os dados de emprego da economia americana. A economia criou 162 mil empregos em julho, menos do que o previsto por alguns analistas, que acreditavam na criação de 180 mil vagas no período. A taxa de desemprego caiu para 7,4% no mês passado, a menor em quatro anos e meio. O presidente do banco central americano, Ben Bernake, vem sinalizando que o programa de estímulo à economia pode começar a ser reduzido quando o desemprego ficar entre 6,5% e 7%.
Além da queda do desemprego, a renda dos americanos cresceu 0,3% em junho, enquanto os gastos pessoais cresceram 0,5%, segundo dados do Departamento do Comércio dos Estados Unidos.
Fonte: Agência Brasil/Agência O Globo

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